Curitiba, 18 de novembro de 2016.
Smart City Expo World Congress, maior evento de Smart Cities no planeta, discute importância da tecnologia para cidadãos e conta com a participação de paranaenses.
Como as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) podem transformar a vida das pessoas? Esse foi um dos principais temas debatidos no Smart City Expo World Congress, maior evento do mundo sobre cidades inteligentes, que aconteceu entre os dias 15 e 16 de novembro, em Barcelona.
A Edição com 591 expositores (30% a mais que 2015), 600 cidades e 16.688 congressistas, além de palestras de 420 especialistas na área em todo o mundo.
Esse ano, Curitiba foi representada por diversas empresas e profissionais do setor, dentre elas o iCities, empresa que desenvolve negócios na área de cidades inteligentes, representada pelo seu Diretor de Novos Negócios Roberto Marcelino, o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), representado pelo seu presidente Sandro Vieira e pelo Instituto das Cidades Inteligentes – ICI, representado por Fabrício Zanini, diretor Técnico, Fernando Matesco, gerente de Infraestrutura, e Wagner Correia, gerente de Sistemas do Instituto.
Um dos destaques do Smart City Expo World Congress foi o case de Singapura, que trabalha com dados anônimos para analisar a mobilidade das pessoas e estilo de vida. “O dimensionamento dos serviços públicos é feito por meio da análise dos dados e informações que esses sensores passam para os órgãos, compreendendo as necessidades da população e disponibilizando melhores serviços”, comenta Wagner Correia, do ICI.
Outro tema abordado no primeiro dia de congresso foi a tecnologia disruptiva. Essas inovações tecnológicas, produtos ou serviços superam ou derrubam uma tecnologia já existente no mercado. Durante o debate em Barcelona, Victor Mulas, do World Bank Group, comentou sobre o tema: “A TIC deve resolver problemas reais para os cidadãos. As cidades precisam aprender umas com as outras para aprimorar as soluções, criando mentalidade e modelos disruptivos”, comentou.
Além disso, o Projeto de Smart Cities de Barcelona trabalha com um modelo de agilidade na resposta, transparência e sensores com eficiência na coleta de dados – orientando as políticas da cidade, gestores e apoiado por um sistema de SLA (nível de atendimento) do serviço público prestado ao cidadão, monitorados via dashboard de indicadores.
Os dados em tempo real têm um valor claro para resultar em ações efetivas para o cidadão e melhor gestão da cidade. O departamento de transporte, por exemplo, controla em tempo real as ações de tráfego, cujos dados são compartilhados com outras agências. Para isso foi implantada uma Plataforma Digital de operação da cidade, com valor efetivo em predições de eventos de riscos para os cidadãos.
Outra solução apresentada no Congresso foi a iluminação inteligente, que controla e otimiza o consumo de energia com a utilização de sensores, resultando em economia, redução de custos de manutenção e segurança para as cidades. “Os postes deixaram de servir apenas para a iluminação das cidades, passando a controlar temperatura, umidade do ar e outros indicadores importantes para a gestão pública” comenta Roberto Marcelino.
Outro ponto importante apresentado é que, antes de resolver um problema, os gestores públicos precisam conhece-lo a fundo, analisando os dados coletados, ouvindo a comunidade e seus anseios. “A partir daí, os órgãos devem trabalhar com ações organizadas para oferecer uma cidade mais prática e eficiente aos moradores”, finalizou Fabrício Zanini.
SMART ENERGY PARANÁ
Paralelamente, Curitiba está recebendo entre os dia 16 e 18 de novembro o Smart Energy Paraná, uma Conferência Internacional de Energias Inteligentes, que está recebendo empresas e profissionais na área de energia, com foco em energias renováveis e novos modelos de negócio que estão sendo implantados para melhorar o mercado de energia elétrica no Brasil.
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