Foi divulgado semana passado o primeiro (e movimentado) trailer de The Wolf of Wall Street, o novo filme do premiado diretor Martin Scorsese ao lado de seu atual ator preferido, Leonardo DiCaprio. A produção deve estrear no Brasil em dezembro deste ano.
O roteiro é baseado em um livro autobiográfico de Jordan Belfort e conta a história verídica de um corretor da Bolsa de Valores de Nova York (DiCaprio) que ganha milhões no mercado de ações ao lado do sócio (interpretado por Jonah Hill) e depois acaba preso por se recusar a colaborar em uma investigação sobre fraudes e corrupção em Wall Street.
The Wolf of Wall Street será a quinta parceria entre DiCaprio e Scorsese, que começou há pouco mais de dez anos, com Gangues de Nova York (Gangs of New York, 2002). Desde então, o ator viveu Howard Hughes em O Aviador (The Aviator, 2004), um policial disfarçado na máfia de Boston em Os Infiltrados (The Departed, 2006) e um investigador esquizofrênico em Ilha do Medo (Shutter Island, 2010).
Sou um pouco suspeito pra falar, já que tanto o ator e diretor estão entre os meus preferidos, mas vejo como o ponto alto desta parceria Os Infiltrados, que finalmente rendeu o Oscar de melhor direção para Scorsese. Neste mesmo ano, inclusive, DiCaprio foi indicado a Melhor Ator por Diamante de Sangue (Blood Diamond, 2006). Não levou, mas, de qualquer maneira, acredito que deveria ter sido indicado por seu papel de policial infiltrado. DiCaprio também concorreu ao prêmio por sua visceral interpretação do milionário transtornado Howard Hughes.
DiCaprio acabou assumindo a posição de “ator fetiche” de Scorsese por intermédio de outro grande ator e colaborador do diretor, Robert De Niro. Foi De Niro quem o indicou, segundo conta o próprio diretor, dizendo que “era um rapaz com alguma coisa especial”. Um dos filmes que Scorsese assistiu para conhecer o trabalho do ator foi Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador (What’s Eating Gilbert Grape, 1993), em que DiCaprio atua (e muito bem) ao lado de Johnny Depp. Logo o então rapaz com 28 anos foi escalado para o elenco da superprodução Gangues de Nova York, história que Scorsese já tentava levar para a telona há anos (e acabou lhe causando muita dor de cabeça, tanto que o diretor teve de tirar dinheiro do bolso para bancar parte dos gastos).
Diz o diretor sobre Di Caprio: “Ele é muito específico, e se você precisa de alguma emoção poderosa dele, vai estar lá. Acho que ele não precisa necessariamente passar três horas se preparando para determinadas coisas. Ele é um profissional de verdade. Chega lá e faz (…). Ele me surpreende, me comove. O que é uma coisa muito difícil de fazer quando estou num set”.
Belas palavras, ainda mais vindo de um diretor que trabalhou com grandes atores como Harvey Keitel, Daniel Day-Lewis e Robert De Niro (só com este, foram oito filmes!!). A declaração está no livro Conversas com Scorsese, do jornalista Richard Schickel – já falei sobre a obra aqui no blog.
Ao assistir a prévia de dois minutos de The Wolf of Wall Street, difícil não lembrar de outros dois filmes de Scorsese, também baseados em histórias reais que envolviam criminalidade e figuras ímpares: Os Bons Companheiros (Goodfellas, 1990) e Cassino (Casino,1995). Assim como nestes filmes, uma narração em off do protagonista permeia a história e, em alguns momentos, o personagem se dirige diretamente ao espectador. No trailer, o personagem de DiCaprio, Jordan Belfort, aparece como um esbanjador, fazendo festa em casa e no trabalho e cercado de belas mulheres e amigos tão “fora” quanto ele mesmo. Parece que, mais uma vez, DiCaprio vai deitar e rolar em cima do personagem. Chega dezembro!
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E pra você, qual é o melhor filme da parceria entre Scorsese e DiCaprio? Quais são suas expectativas para The Wolf of Wall Street?
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