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Sessão HQ: Capitão América 2 é o melhor filme da Marvel?
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E lá se vão seis anos desde o lançamento de Homem de Ferro (Iron Man, 2008), filme que inaugurou a bem sucedida estratégia da Marvel Studios em levar parte de seus personagens para a telona em um universo integrado. Desde então, foram lançados sete filmes, com o oitavo, Guardiões da Galáxia (Guardians of the Galaxy) previsto para estrear em julho. O intrincado projeto, com histórias se relacionando umas às outras, deu tão certo que dois filmes entraram para a seleta lista das 10 maiores bilheterias de todos os tempos: Os Vingadores (The Avengers, 2012) e Homem de Ferro 3 (Iron Man 3, 2013).

Steve Rogers: de herói coxinha a rebelde implacável.

Steve Rogers: de herói coxinha a rebelde implacável. (Foto: Divulgação)

A última produção a chegar às telonas, e que se encontra em cartaz por cinemas de todo o país, é Capitão América 2 – O Soldado Invernal (Captain America: The Winter Soldier). Só no seu fim de semana de estreia nos Estados Unidos, o filme arrecadou US$ 94 milhões, maior marca alcançada para um filme lançado em abril. No Brasil, levou 1,1 milhão de pessoas aos cinemas no último fim de semana. E, pelo visto, as cifras devem continuar subindo.

No Brasil, a maioria dos críticos têm sustentado a boa reação do público. E, seja em fóruns de discussão, blogs e revistas especializadas, alguns espectadores mais empolgados já cravam: a segunda aventura do Capitão América é o melhor filme lançado até agora pela Marvel Studios. Será mesmo?

O fato é que ainda é difícil superar o arrasa-quarteirão Os Vingadores. A trama de Capitão América 2 pode ter um ritmo mais ágil e, por incrível que pareça, melhores cenas de ação, mas não há como diminuir a experiência de ver, lado a lado, Homem de Ferro, Hulk, Thor e o próprio Steve Rogers juntos chutando o traseiro de aliens. Os Vingadores é a realização do sonho de muitos nerds e fãs de quadrinhos e não chegou ao posto de terceira maior bilheteria da história do cinema à toa.

Batalha no elevador: boas cenas de luta e tiroteio são o que O Soldado Invernal tem de melhor.

Batalha no elevador: boas cenas de luta e tiroteio são o que O Soldado Invernal tem de melhor. (Foto: Divulgação)

Ao mesmo tempo, é preciso reconhecer que a empolgação do público e de parte dos críticos com o novo filme do Capitão tem sentido. Pela primeira vez, a Marvel decidiu deixar um pouco de lado o humor e as aventuras juvenis que marcaram todos os outros filmes para apostar em uma trama mais séria, focada em um cenário calcado na realidade — a vigilância irrestrita do governo norte-americano junto aos próprios cidadãos e estrangeiros — e que bebe da fonte de filmes clássicos de espionagem. Há ali o agente que começa a colocar em xeque seus deveres, as conspirações envolvendo órgãos governamentais, o vilão misterioso e implacável, o herói que precisa provar sua inocência, etc e tal.

Também é bacana a “transformação” a que o herói foi submetido nestes novos tempos. Convenhamos, o Capitão América nunca foi popular por aqui. Difícil criar laços com um personagem que veste a bandeira dos Estados Unidos e tem como missão personificar os “nobres” ideais de justiça do governo ianque. Por isso, bem acertada a opção de adaptar uma saga recente, escrita por Ed Brubaker, justamente de uma fase em que o Capitão se volta contra esses ideais. No filme, o “novo” Steve Rogers é um sujeito menos ingênuo, mais implacável e violento, que enfim tem suas habilidades mostradas a contento.

O vilão nada misterioso: antigo parceiro de Steve Rogers vira algoz dos heróis.

O vilão nada misterioso: antigo parceiro de Steve Rogers vira algoz dos heróis. (Foto: Divulgação)

Nesta linha, surge o que Capitão América 2: O Soldado Invernal tem de melhor: as cenas de ação. As perseguições de carro, tiroteios e, principalmente, as sequências de lutas, são bem coreografadas e até verossímeis. Tanto pela maneira realista como foram filmadas quanto pelo próprio contexto da trama e dos personagens: não há aqui inimigos que expelem fogo pela boca, elfos de outras dimensões e alienígenas que vagam em cima de monstros alados. OK, o final, envolvendo a derrocada dos porta-aviões, é um tanto quanto exagerado, mas ao menos é interessante visualmente.

Guardadas as devidas proporções, O Soldado Invernal me lembra um pouco a proposta de Wolverine – Imortal (The Wolverine, 2013), ambas produções que, antes de serem adaptações de histórias em quadrinhos, são simplesmente bons filmes de ação, capazes de despertar o interesse mesmo de quem nunca leu uma HQ antes. Não me parece coincidência que, em boa parte da projeção, o Capitão América permaneça de cara limpa, sem estar trajado a rigor. Poderia até ser o Jason Bourne dando uns sopapos por aí…

E o que você achou de Capitão América 2 – O Soldado Invernal? Qual seu filme preferido da Marvel Studios? Deixe seu comentário aqui no blog!

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