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Top 5: as crianças endiabradas que aprontaram (e muito) na telona

Junior, vestido de capeta: fantasia mais do que apropriada. (Foto: )

Os internautas passaram a última semana em clima de Dia das Crianças. Seja no Facebook, no Instagram ou no Orkut (ainda existe isso?), muita gente trocou as fotos dos perfis por imagens de antigamente, quando preocupações com aluguel, contas e filhos pareciam coisa de outro mundo. Normal. Difícil quem não tenha nostalgia destes tempos – eu mesmo volta e meia me vejo lembrando como era bom passar as tardes à toa, assistindo filmes na Sessão da Tarde e engatando o ócio com os desenhos animados, de Doug à Cavaleiros do Zodíaco.

A infância, como não poderia deixar de ser, é tema frequente dos mais variados gêneros e tipos de filmes. Mesmo com poucos anos de vida, várias crianças já entraram para a história do cinema ao protagonizar produções sérias ou escrachadas, seja no drama, comédia ou terror. Há exemplos para todos os gostos, desde filmes pesados como O Exorcista (The Exorcist, 1973) e Poltergeist – O Fenômeno (Poltergeist, 1982) até aventuras para “toda a família”, como a série Esqueceram de Mim (Home Alone), Os Batutinhas (The Little Rascals, 1994) e Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine, 2006).

Aproveitando então o celebrado (e aguardado) Dia das Crianças, o blog relembra alguns filmes que nos divertem – ou aterrorizam – justamente por apresentar personagens juvenis, capazes das mais variadas peripécias e malvadezas.

TOP 5: CRIANÇAS ENDIABRADAS QUE APRONTARAM (E MUITO) NA TELONA

Damien, de A Profecia (The Omen, 1976)

Filme de 1976 gerou duas continuações, que acompanham o desenvolvimento de Damien até sua fase adulta. (Foto: Divulgação)

Filme de 1976 gerou duas continuações, que acompanham o desenvolvimento de Damien até sua fase adulta. (Foto: Divulgação)

Adotado por um casal logo após seu nascimento, Damien (vivido por Harvey Stephens) é uma criança de poucas palavras e uma aura um tanto quanto negativa. Tem pavor de igrejas e símbolos cristãos. E, mesmo que não mova uma mão para fazer mal a alguém, pessoas próximas se vêem com frequência em enrascadas, seja caindo escada abaixo ou se jogando do telhado com uma corda no pescoço. Tudo bem. O garoto não é ninguém menos que o Anticristo, então dá pra relevar esse comportamento antissocial. Brincadeiras à parte, o olhar sinistro e o ar de poucos amigos do rapaz é peça fundamental deste marcante filme de terror baseado no livro de David Seltzer, que escreveu o roteiro da adaptação. Damien também é protagonista das duas sequências que mostram sua adolescência e fase adulta, já como um influente abaixador – filmes, no entanto, bem inferiores ao original.

Henry, de O Anjo Malvado (The Good Son, 1993)

Lobo em pele de cordeiro: Macaulay Culkin vive garoto com motivações sombrias. (Foto: Divulgação)

Lobo em pele de cordeiro: Macaulay Culkin vive garoto com motivações sombrias. (Foto: Divulgação)

Macaulay Culkin sempre será lembrado pelos dois primeiros filmes da série Esqueceram de Mim, em que encarna o esperto garoto Kevin McCallister. No entanto, este suspense dirigido por Joseph Ruben (é dele também os medianos Assalto sobre Trilhos e Dormindo com o Inimigo) merece ser visto justamente pela atuação de Culkin, que encarna a clássica figura da criança que, aos olhos dos pais, é um anjinho, mas não perde a oportunidade de aprontar quando está sozinho. Quem nunca conheceu um guri ou guria assim? O problema aqui é que o rapaz é mais perigoso do que parece, a ponto de colocar em risco a vida do seu primo, que acabou de perder os pais – a vítima é um jovem Elijah Wood, com apenas 12 anos. A cena final, em que a mãe do perturbado garoto precisa escolher entre salvar um ou outro, na beira de um penhasco, é tensa e deixa qualquer espectador com as unhas cravadas no sofá.

Junior, de O Pestinha (Problem Child, de 1990)

Junior, vestido de capeta: fantasia mais do que apropriada.

Junior, vestido de capeta: fantasia mais do que apropriada.

Aí está mais um clássico da Sessão da Tarde, que certamente já divertiu muita criança e arrepiou os pais. A trama rasa nada mais é do que uma sucessão de gags que mostram as peripécias do garoto que, depois de adotado, passa a atazanar a vida dos seus pais, do avó e de quem mais estiver por perto.  Pra variar, o paizão é o único que parece não reconhecer que o guri é um pequeno monstro. Algumas cenas ficaram na cabeça da garotada, como quando Junior, fantasiado de capeta, apronta todas em uma festa de aniversário, jogando os presentes na piscina, além da peripécia no parque de diversões, em que o garoto aumenta a velocidade de um brinquedo e jatos de vômito começam a jorrar no lugar…  No filme seguinte, lançado um ano depois, Junior bate de frente com uma rival, tão invocada quanto ele mesmo.

Vandinha, de A Família Addams (The Addams Family, 1991)

Christina Ricci como Vandinha: pensamentos mórbidos e torturas para passar o dia. (Foto: Divulgação)

Christina Ricci como Vandinha: pensamentos mórbidos e torturas para passar o dia. (Foto: Divulgação)

Entre todas as centenas de famílias já apresentadas no cinema e na TV, a trupe sustentada pelo casal Morticia e Gomez certamente é uma das mais divertidas, justamente pelo humor negro e certeiro que permeia o dia a dia desse grupo. Os dois filmes dirigidos no início da década de 1990 por Barry Sonnenfeld (que anos depois lançaria Os Homens de Preto) tiveram a sorte de contar com um elenco afiado, liderado por Raul Julia, Angelica JustonChristopher Lloyd. Mas é Christina Ricci, então com apenas 11 anos, quem rouba muitas das cenas na pele de Wednesday Addams, conhecida aqui no Brasil como Vandinha. A garota tem uma fixação mórbida pela morte (olha a redundância aí) e entre suas brincadeiras favoritas estão as torturas constantes a que submete o irmão mais novo. Vandinha, inclusive, ganha mais espaço no segundo filme, quando é levada contra sua vontade para um acampamento de férias, se envolve com um rapaz desajeitado e sabota uma peça de teatro, com direito a fogo, sangue e corpos. A atriz envelheceu bem e já estrelou filmes de Woody Allen, Tim Burton e dos irmãos Wachowsky.

Isaac, de Colheita Maldita (Children of the Corn, de 1984)

Isaac: fé e esperança na vinda de um mundo melhor... com a morte dos adultos. (Foto: Divulgação)

Isaac: fé e esperança na vinda de um mundo melhor… com a morte dos adultos. (Foto: Divulgação)

Crianças com dons sobrenaturais ou comportamentos duvidosos – pra não dizer violentos – são comuns na extensa obra do escritor Stephen King. O filme baseado no conto As Crianças do Milharal é pouco lembrado diante de outras adaptações para o cinema, mas a premissa é interessante e vai ao encontro de uma fantasia que, certamente, já foi compartilhada por muitas crianças em algum momento da infância: “e se nos livrássemos de todos os adultos?”. A questão é que, aqui, a garotada de uma cidadezinha leva a sério o negócio e age motivada por um culto misterioso que acredita que qualquer pessoa acima de 18 anos tem de ser morta. Quem está a frente dos fanáticos é o garoto Isaac, que anda por aí com um terno surrado e um chamativo chapéu preto, pregando a morte dos adultos. Este sim é um garoto problema. O filme, que teve um lucro considerável (custou US$ 800 mil e arrecadou mais de US$ 14 milhões) gerou uma série de outras sequências B direto para o vídeo.

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Lembra de mais filmes protagonizados por crianças (sejam as engraçadinhas ou as aterrorizantes)? Quais são os seus preferidos? Comente aqui no blog e deixe sua sugestão para o dia 12!

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