Tem gente que literalmente revive o passado ao ler antigas recordações... caso do jovem vivido por Ashton Kutcher neste filme. (Foto: Divulgação)| Foto:

Não há quem nunca tenha desejado, depois de uma atitude desastrada, voltar no tempo para consertar o estrago. Seja para reatar um antigo namoro, escolher o outro emprego disponível (já que o atual se comprovou uma roubada) ou para dar um último abraço a alguém que partiu cedo demais.

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Até que se prove o contrário, a ciência já mostrou várias vezes que viagens no tempo são fisicamente impossíveis. Não para o cinema, claro. A quantidade de filmes que mostram personagens indo e vindo para o futuro ou passado é tão abundante que o tema “viagem no tempo” já se mostrou um subgênero à parte da ficção científica, mesclando-se com comédia, romance, terror e aventura.

É só parar pra pensar um pouco que vários filmes vêm à cabeça. E lá vão Os 12 Macacos (Twelve Monkeys, 1995), Click (2006), O Exterminador do Futuro (The Terminator,1984), Contra o Tempo (Source Code, 2011), Looper: Assassinos do Futuro (Looper, 2012), Meia–Noite em Paris (Midnight in Paris, 2011) e tantos outros. O Top 5 desta sexta-feira relembra algumas destas produções, que desafiam o calendário e a lógica!

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TOP 5: FILMES QUE MOSTRAM VIAGENS NO TEMPO

A Máquina do Tempo (The Time Machine, 1960)

Baseado no romance homônimo de H.G. Wells, conta a história de um cientista desacreditado com a sociedade do seu tempo (o filme se passa em 1900) que decide construir uma máquina do tempo para viajar rumo ao futuro e ver o quanto o mundo e seus costumes evoluíram. George, o protagonista, primeiro viaja aos poucos, conhecendo os horrores da primeira e segunda Guerra Mundial, para depois ir parar num futuro longínquo, onde os humanos (se é que dá pra chamar assim) se dividem em duas raças, os Elois, que vivem na superfície, e os Morlocks, que só se movem pelo subterrâneo. Adaptação clássica de uma obra essencial para quem gosta do tema, A Máquina do Tempo ganhou o Oscar de Melhores Efeitos Especiais e uma refilmagem em 2002. Curiosidade nerd: os Morlocks do livro teriam inspirado a raça de mutantes que vive nos esgotos nos quadrinhos dos X-Men e possuem o mesmo nome.

Meio de transporte: a dita máquina do título, uma espécie de trenó que conta com um disco enorme na traseira e uma poltrona vermelha aveludada (afinal, um pouco de conforto não faz mal a ninguém).

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Timecop – O Guardião do Tempo (Timecop, 1994)

Com a imensa variedade de títulos disponíveis, parece sacanagem eu citar aqui uma produção B do Jean-Claude Van Damme, mas vale para mostrar como o tema “viagem no tempo” vira premissa tanto para blockbusters ou mesmo para filmes menores da Sessão da Tarde. Van Damme interpreta uma espécie de policial do futuro com um mullet duvidoso, integrante de um grupo que, de vez em quando, viaja até o passado em busca de criminosos que voltaram no tempo para se darem bem. Em uma de suas investigações, o policial passa a acompanhar a trajetória astronômica rumo ao poder de um político que tem ligação com seu passado – a mulher do protagonista foi morta misteriosamente dez anos atrás. Ah, o filme é baseado em uma história em quadrinhos e, até hoje, é um dos maiores sucessos do ator.

Meio de transporte: um vagão futurista que desliza por um trilho em direção a um portal, até que seus ocupantes somem… rumo ao passado!

Efeito Borboleta (The Butterfly Effect, 2004)

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Filme despretensioso mas inteligente que virou cult entre a gurizada e apresenta, na minha humilde opinião, a única atuação digna de nota da estrela teen Ashton Kutcher. Ele é um jovem que, durante a infância sofre bloqueios de memória (acorda do nada em lugares estranhos sem saber o que aconteceu) e, já adulto, descobre que pode voltar no tempo ao ler antigos diários que rascunhou. O problema é que, ao reviver antigos episódios, o rapaz acaba mudando o próprio futuro e das pessoas próximas. A graça do roteiro está em justamente mostrar essas idas e vindas do protagonista e as diferentes possibilidades que cercam seu presente e futuro.

Meio de transporte: diários velhos que, ao serem lidos, mandam o protagonista para o passado.

Bill & Ted – Uma Aventura Fantástica (Bill & Ted’s Excellent Adventure, 1989)

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A ideia é tão absurda que, ao mesmo tempo, diverte por si só. Dois melhores amigos, metidos a roqueiros, precisam ir muito bem no trabalho de História da escola para passarem de ano e não serem separados – o pai de um deles prometeu mandar o guri para a Escola Militar caso reprove. O problema é que os estudos, nem de longe, são o ponto forte da dupla de desparafusados, vivida por Keanu Reeves e Alex Winter. Não tem problema. Um misterioso homem do futuro surge para ajuda-los na empreitada e voltar no tempo para pedir a ajuda diretamente das próprias personalidades históricas, como Joana Darc, Freud, Napoleão e Gengis Khan (quem precisa de livros?). Épico, nada menos do que isso.

Meio de transporte: uma cabine telefônica (??!!).

De Volta para o Futuro (Back to the Future,1985)

Vou recorrer ao óbvio, mas não dá pra falar de viagem no tempo sem citar a trilogia De Volta para o Futuro, protagonizada por Michael J. Fox e o carro mais estiloso do cinema. O primeiro filme continua sendo o meu preferido, assim como a cena de Marty McFly arrasando na guitarra ao tocar Johnny B. Gode em frente a uma plateia atônita. O filme escrito e produzido por Robert Zemeckis é a típica produção “para toda a família”, mas que fica muito acima da média ao trazer um roteiro esperto e inteligente e misturar ficção científica, comédia, romance e aventura. Diz a lenda que a ideia foi vendida antes para a Disney, que se recusou bancar o filme por achar que a história de uma mãe caindo de amores pelo próprio filho adolescente ia pegar mal… A Universal assumiu a empreitada e o resto é história.

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Meio de transporte: um DeLorean DMC 12, com portas que abrem para cima e não para os lados. Certamente, o carro mais icônico do cinema.

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Pela página do blog no Facebook, a Luciana da Cunha lembrou ainda do sci-fi romântico Te Amarei para Sempre (The Time Traveler’s Wife, 2009), baseado em um romance da americana Audrey Niffenegger e protagonizado por Eric Bana e Rachel McAdams. Já o Ronan Turnes citou Alta Frequência (Frequency, 2000), suspense que conta com Dennis Quaid e Jim Caviezel – aqui, pai e filho conseguem se comunicar por meio de um rádio mesmo estando a 30 anos “de distância”.

E aí, qual é seu filme preferido sobre viagem no tempo? Lembra de outros? Comente aqui no blog e aproveite o fim de semana chuvoso (pelo menos em Curitiba) para ver muitos filmes!