Vai prestar concurso público e está preocupado com a redação? Seus problemas acabaram! Brincadeiras à parte, a prova discursiva costuma tirar o sono de muitos concurseiros. Para tentar diminuir a tensão e aumentar a confiança e a tranquilidade na hora da prova, a professora Daniela Tatarin, a convite do blog Concurseiros, elencou 10 dicas de redação para concursos públicos que podem ser utilizadas independente da banca do edital. Aproveite bem o material e deixe abaixo seus comentários e sugestões de assuntos que você gostaria de ver aqui no blog.
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Dica 1: Seja um bom leitor – diversifique suas fontes de informação.
Ser informado é exigência básica para poder escrever, afinal, não se pode discorrer sobre o que não se conhece. Durante o período de preparo para uma prova, é importante buscar diferentes fontes de informação, para que o pensamento crítico possa ser exercitado. Explico – quando você tem diferentes fontes, consegue estabelecer relações entre elas, produzir o que se chama inferência, e assim construir o próprio posicionamento.
Dica 2: Saiba reconhecer o gênero dissertativo.
Um fator que ainda derruba muitos concorrentes é o desconhecimento quanto ao gênero textual cobrado na prova. O que se pede, na maioria dos certames, é a dissertação. É importante saber que dissertar é falar sobre algo, emitindo, mesmo que de maneira mais comedida, juízo de valor. Logo, a dissertação deve, sim, expor posicionamento e justificativas sobre o tema.
Dica 3: Conheça a banca.
Uma boa pedida é buscar por provas anteriores, elaboradas pela banca. Assim, conhece-se a linguagem utilizada, algo que ajuda – e muito – na hora de se preparar. Também é possível reconhecer o estilo de elaboração das propostas e seleção de temas, especialmente as focadas na atualidade.
Dica 4: Fuja do senso comum.
O senso comum se amplia todos os dias. São as considerações pautadas naquilo que a maioria reproduz, sem reflexão ou comprovação. Uma forma de evitar fazer parte “dessa massa” é sendo questionador. E não aceitar o “porque sim”.
Dica 5: Seja organizado e planeje sua redação.
Não se faz uma boa redação no atropelo. A partir do entendimento do tema, fruto de leitura atenta da proposta, organize o texto da seguinte forma: a Introdução deve apresentar o assunto, logo, torna-se interessante contextualizar, para que o leitor possa se inserir – e acompanhar – a linha de raciocínio apresentada. Na sequência, explore o contexto para criar o Desenvolvimento, que pode exemplificar, conceituar e até mesmo justificar o ponto de vista defendido. Por fim, a Conclusão pode retomar a ideia principal, reforçando o posicionamento apresentado.
Dica 6: Torne-se amigo da objetividade.
O ponto principal, aqui, também é a leitura e reflexão. Quando o entendimento é pleno, sabe-se o que escrever, ou seja, o texto é objetivo. Isso traz qualidade ao texto, pois a objetividade costuma vir acompanhada da clareza e concisão, dois elementos importantes à avaliação.
Dica 7: Apresente uma opinião que possa ser provada.
Para não correr o risco de apresentar uma opinião “furada”, ou seja, sem comprovação, é importante pensar no que se sabe acerca do tema, antes mesmo de definir um posicionamento. Dessa forma, a opinião será pautada em informação, o que torna mais fácil sua justificativa.
Dica 8: Não se esqueça da elegância do texto.
Se ainda não havia ouvido falar sobre isso, que alívio saber que acompanha o Blog! As avaliações também contemplam letra, alinhamento, rasuras e translineação. Portanto, capriche na legibilidade, alinhe margens direita e esquerda, não se esqueça do espaço dos parágrafos (os dois dedinhos ainda devem ser usados!) e, por favor, não rabisque palavras erradas. O correto, quando se erra, é apenas passar um traço sobre a palavra e reescrevê-la, corretamente. Mais nada, ok?
Dica 9: Conheça e aplique a gramática.
Não me sinto muito à vontade para cobrar o “pleno domínio da norma padrão”, mas isso não impede o hábito de estudo, especialmente de cinco tópicos muito importantes, que não costumam passar pelos olhos dos corretores: concordância, regência, colocação pronominal, pontuação (as vírgulas, especialmente) e crase. Nunca é demais consultar uma boa gramática.
Dica 10: Antes de passar seu texto na folha definitiva, leia-o com muita atenção.
Essa última leitura é identificadora de furos! Leia com os olhos, não com a memória. Muitas vezes há uma distância entre o que se escreveu e o que se pensou. Não se deixe enganar. Leia, pausadamente, conferindo se o texto faz sentido e se não está faltando nada. É o momento de procurar por incoerências, como as contradições, tautologias e passagens irrelevantes.
As dicas aqui mencionadas, transformadas em práticas diárias, constantes, farão o seu texto cada vez melhor. Não existem milagres, mas sim resultado de esforço, dedicação e persistência. Se bem que um milagrezinho, na redação, seria bem bacana, não é mesmo?
Prof. Daniela Tatarin
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