Final de domingo e o cansaço toma conta. Alguns fizeram prova somente meio período, outros fizeram o dia todo. E com aquela folhinha em mãos e um pouco de memória – já que não deixaram levar embora o caderno de provas -, é hora de procurar materiais para saber a quantidade de erros e acertos, na tentativa desesperada de ter uma noite de sono em paz.
Pois bem, eu, Thais Nunes, estive nos dois períodos de prova, justamente para sentir na pele a sensação de vitória e da derrota durante e depois de um concurso. Almocei Cheetos com refrigerante quente, peguei mais trânsito na saída do que pela manhã, cochilei dentro do carro entre as duas provas e ainda esqueci de escovar os dentes. Mas tudo estava bem tranquilo na UniBrasil. E neste momento me sinto como um bagaço de laranja. Mesmo porque, achei as questões de direito da prova de técnico administrativo cansativas. Em contrapartida, as questões de português do cargo de analista judiciário da área judiciária deram vontade de desistir dos estudos e mandar currículo para supermercados (nada contra a atividade, foi apenas uma piada inocente).
Enfim, como blogueira e professora concurseira com mais de 15 anos de experiência quero te orientar em três passos.
1 – Sim, pessoas próximas farão aquela pergunta cliché que destrói o coração. Meu marido fez a pergunta por telefone por volta de 17h30, assim que avisei que estava indo para casa. A vontade foi de gritar até ele ficar surdo. Mas entenda, eles não fazem ideia de como está o seu coração. Portanto, quando te perguntarem “como você foi na prova?”, conte algo engraçado que tenha ocorrido no concurso, como a garota que não levou caneta ou roeu bolacha ao seu lado. Solte uma risada e mude de assunto. Não conte o que aconteceu de ruim, desabafar com quem está perto é a pior decisão.
2 – Não sofra por antecipação. Faça outras coisas na segunda-feira, mesmo que seja reunir materiais para o próximo concurso. Isso não é admitir fracasso, é entender que se estuda até a posse e não até ser aprovado. E para quem trabalha e estuda, volte a rotina com o sorriso de quem ainda tem saúde e inteligência para enfrentar muitos concursos.
3 – E se acha que alguma questão dará recurso (eu estou com uma entalada na goela), não faça escândalo nas redes sociais. Comece desde já a redigir texto para recorrer. O que mais se vê são candidatos tendo ADP (ataque de pelanca) depois da prova. Eis o que diz o edital sobre os recursos:
13.2 Os recursos deverão ser interpostos no prazo de 2 (dois) dias úteis após a ocorrência do evento que lhes der causa, tendo como termo inicial o 1º dia útil subsequente à data do evento a ser recorrido.
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Deixe abaixo seu desabafo sobre a prova. Assim que eu recuperar o fôlego responderei a todos. Talvez só me recupere depois de uma noite de sono.