É dado como mais do que certo que Aloizio Mercadante vai substituir Gleisi Hoffmann na Casa Civil. A mudança circulava no noticiário há uns seis meses, então não é nenhuma surpresa.
A novidade é que, com Mercadante, a pasta voltaria a ter o status de “superministério”. Em resumo, acumularia bem mais tarefas políticas dos que as atuais funções de coordenação dos demais ministérios.
Isso quer dizer que Gleisi teve nas mãos uma Casa Civil meia-bomba? A essa altura dos acontecimentos, difícil negar.
Há motivos para isso ter acontecido. Quando assumiu a Casa Civil, Dilma Rousseff vinha do trauma da queda de Antonio Palocci. A ordem direta foi tirar a substituta da vidraça da articulação política – até porque os estilhaços de ataques contra ela poderiam atingir toda Esplanada.
Há um outro ponto pouco conhecido: a Casa Civil, como toda estrutura pública, é cheia de meandros que ninguém vê por fora. O coração do órgão bate em função de três subchefias (Assuntos Jurídicos, Análise e Acompanhamento de Políticas Públicas Governamentais, Articulação e Monitoramento).
Gleisi não chegou ao cargo podendo escalar todo mundo que quisesse para essas funções. Herdou uma estrutura montada em grande parte pela própria Dilma, quando ministra. E mexer em gente da presidente não é lá muito prudente.
Já Mercadante teria carta branca para fazer mudanças mais profundas. Se vai realmente fazer, é outra história. O fato é que, entre o bigode do paulista e o cabelo loiro da paranaense, a maior diferença não é de aparência, mas no peso da caneta dada a cada um.
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