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A dura missão de Aécio no debate: atropelar Dilma sem parecer arrogante

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Há 25 anos um debate presidencial não era tão aguardado pelos brasileiros. O Aécio x Dilma de hoje é sim uma final de campeonato. E a petista joga, mais uma vez, para perder de pouco.

A virada de Dilma nas intenções de voto parece consolidada, segundo mostraram Ibope e Datafolha ontem. Apesar disso, as vantagens nos votos válidos continuam estreitas (oito pontos porcentuais no Ibope, seis no Datafolha). Como é uma disputa mano a mano, cada eleitor capturado do adversário ajuda a mudar o resultado rapidamente.

A questão é que o debate serve majoritariamente para cristalizar votos, ou seja, para que os candidatos consolidem o eleitorado que já está propenso a votar neles. Ir além disso depende de uma série de fatores – em especial, algo que claramente provoque comoção.

Aécio foi bem na maioria dos debates realizados até agora. A melhor performance, contudo, ocorreu no último debate do primeiro turno, quando ainda havia dúvidas se ele conseguiria superar Marina Silva (PSB).

Mesmo pressionado, atuou com leveza. Foi essa desenvoltura que chamou a atenção.

Já no segundo turno, precisou partir para a desqualificação de Dilma (coisa que ela também fez contra ele). O problema do tucano, que nitidamente fica mais confortável que a petista na frente das câmeras, foi ter exagerado no ar de superioridade.

Hoje ele precisa evitar a mesma falha. Mas ainda assim convencer que venceu.

Metodologias
O Datafolha ouviu 9.910 pessoas entre 22 e 23 de junho. O levantamento foi encomendado pela Folha de S.Paulo e TV Globo. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O nível de confiança é de 95% (significa que em 100 pesquisas com esta mesma metodologia, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões). O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-1162/2014.

A pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo entrevistou 3.010 eleitores entre 20 e 22 de setembro em 203 municípios de todo o País. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança estimado de 95%. Ou seja, se fossem feitas 100 pesquisas idênticas a esta, 95 deveriam apresentar resultados dentro da margem de erro. A pesquisa foi registrada na Justiça eleitoral com o número BR-01168/2014.

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