Era uma cena comum: sempre que o governador Beto Richa passava por Brasília em eventos políticos, a imprensa nacional queria informações sobre o imbróglio sobre a saída de Gustavo Fruet do PSDB. A decisão foi consumada, mas o assunto continua em alta.
Embora longe da Câmara dos Deputados, Fruet ainda tem o respaldo de quem marcou época nos duros tempos de oposição ao governo Lula. A possibilidade de ele trocar de lado é encarada muito mais como uma perda de identidade dos tucanos do que como um simples movimento pendular em direção ao governismo.
Em resumo, pegou mal.
Hoje, o ministro Paulo Bernardo colocou mais lenha na fogueira. Veja a entrevista que ele concedeu ao jornalista Fernando Rodrigues no programa Política e Poder, do portal Folha/UOL:
Folha/UOL: No Paraná o PT pretende realmente embarcar na candidatura eventual de Gustavo Fruet, que foi do PSDB, para prefeito de Curitiba no ano que vem, em 2012?
Paulo Bernardo: Nós estamos conversando com ex-deputado Gustavo Fruet…
Folha/UOL: De zero a dez, qual a chance disso acontecer?
Paulo Bernardo: Eu não tenho condição de dizer. Mas eu diria assim: o Gustavo Fruet foi um forte opositor do governo no seu período aqui como deputado, durante todo o governo Lula. Hoje ele… concorreu ao Senado, perdeu por pouco, inclusive, menos de 100 mil votos. E rompeu com o PSDB. Ele saiu do PSDB, tem críticas fortes, está se articulando para ser candidato, está em primeiro lugar nas pesquisas e nós estamos conversando.
Eu diria assim: a despeito dele ter sido opositor, é uma pessoa que nós consideramos um homem de bem, um sujeito… é… que nós não teríamos nenhuma dificuldade em estar com ele na foto, digamos assim. E, portanto, se tivermos um projeto… ele, principalmente, se tiver um projeto que nos seduza para essa ideia… “tem que fazer isso, isso e isso em Curitiba” então podemos ir juntos.
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