Só dá Lula na agenda política desta semana em Brasília. Na terça-feira, o ex-presidente recebeu duas homenagens no Congresso Nacional. Ontem, foi convidado de honra em megaevento de celebração dos dez anos do Bolsa Família.
Aliás, Lula e Bolsa Família são figuras indissociáveis na cabeça do eleitor. O programa tem seus críticos, mas no geral é difícil manchar seus méritos. Inegavelmente, foi um dos carros-chefes da redução da desigualdade e da expansão do consumo pelos rincões do país.
Atualmente, beneficia cerca de 50 milhões de pessoas, a um custo anual de R$ 21,4 bilhões. É transferência de renda “na veia dos pobres”, como disse ontem a presidente Dilma Rousseff, que ficou ao lado de Lula na cerimônia realizada no Museu Nacional.
A oposição concorda. E, ontem, Aécio Neves (PSDB) foi esperto em apresentar um projeto de lei para tornar o Bolsa Família um programa permanente, incorporado à Lei Orgânica de Assistência Social. A ideia é combater o “terrorismo” de aliados do governo que espalham boatos de que os tucanos acabariam com o benefício.
Faz sentido. Mas não adianta brigar contra o poder da mente. Há questões na propaganda política que funcionam ainda melhor que na propaganda comercial. Bombril está para esponja de aço assim como Lula está para o Bolsa Família.
Enquanto o governo fizer megaeventos para polir essa imagem, não vai ter jeito de sujar.
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