Caiu ontem o quinto ministro envolvido em suspeitas de corrupção ao longo do governo Dilma Rousseff, mas o padrão de escolha da presidente deve continuar o mesmo. Apesar de a saída de Orlando Silva do Ministério do Esporte estar ligada a denúncias de aparelhamento da pasta pelo PC do B, tudo indica que o partido manterá o poder sobre a vaga.
O favorito para substituí-lo é o deputado federal Aldo Rebelo (SP), que foi ministro das Relações Institucionais entre 2004 e 2005, durante o primeiro mandato de Lula. Por enquanto, o secretário-executivo, Waldemar Manoel Silva de Souza, filiado à sigla no Rio de Janeiro, é quem fica no cargo como interino.
Nos quatro casos anteriores, Dilma repetiu a fórmula de respeito à divisão de espaços no primeiro escalão entre as legendas aliadas. Na Casa Civil, houve uma troca entre petistas (Gleisi Hoffmann no lugar de Antonio Palocci) e nos Transportes, entre filiados ao PR (Paulo Passos substituiu Alfredo Nascimento). Os peemedebistas Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo) também foram trocados por correligionários – Mendes Ribeiro e Gastão Vieira, respectivamente.
Na comparação com os demais parceiros governistas, contudo, o PC do B tem uma representatividade política menor. Enquanto o PMDB conta com uma bancada de 98 congressistas e o PR de 46, os comunistas elegeram no ano passado apenas 15 deputados federais e dois senadores. Por outro lado, a sigla apoia o PT desde a primeira eleição presidencial após a redemocratização, em 1989.
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