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De novo o terceiro mandato

PAULO WHITAKER/Reuters
Lula e a popularidade: “companheiro, eu tô com mel.”

Um dia depois que o presidente Lula subiu à estratosfera da aprovação popular, deputados federais voltaram a mexer os pauzinhos para viabilizar um possível terceiro mandato.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou ontem um parecer do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) sobre mais de 60 propostas que tratam do fim da reeleição e do tempo de mandato no Executivo e no Legislativo.

Embora os governistas jurem de pé junto que não, a votação simbólica (sem registro nominal de votos) abre sim caminho para a discussão do terceiro mandato. Os textos seguem para uma comissão especial, que deve ser formada no ano que vem.

A maioria dos parlamentares defende que o mandato do presidente, governadores, prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais e senadores passe de quatro para cinco anos. Ou seja, os deputados malandrinhos ganhariam um ano de lambuja e senadores perderiam três.

Em tese, a alteração zeraria o jogo eleitoral. O deputado Carlos Wilian (PTC-MG) já que vai aproveitar a chance e anunciou ontem na CCJ que vai propor o terceiro mandato.

Lula disse sempre – sempre mesmo – que é contra a hipótese. Ao mesmo tempo, pesquisas apontam que ele seria imbatível em 2010.

A prova de fogo sobre virá no ano que vem. Todo mundo sabe que o presidente pode influir no Congresso. Resta saber se partirá dele a ordem para acabar com essa discussão.

Lavar as mãos, nesse caso, é muito mais do que deixar os parlamentares trabalharem em paz.

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