Um dia depois que o presidente Lula subiu à estratosfera da aprovação popular, deputados federais voltaram a mexer os pauzinhos para viabilizar um possível terceiro mandato.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou ontem um parecer do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) sobre mais de 60 propostas que tratam do fim da reeleição e do tempo de mandato no Executivo e no Legislativo.
Embora os governistas jurem de pé junto que não, a votação simbólica (sem registro nominal de votos) abre sim caminho para a discussão do terceiro mandato. Os textos seguem para uma comissão especial, que deve ser formada no ano que vem.
A maioria dos parlamentares defende que o mandato do presidente, governadores, prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais e senadores passe de quatro para cinco anos. Ou seja, os deputados malandrinhos ganhariam um ano de lambuja e senadores perderiam três.
Em tese, a alteração zeraria o jogo eleitoral. O deputado Carlos Wilian (PTC-MG) já que vai aproveitar a chance e anunciou ontem na CCJ que vai propor o terceiro mandato.
Lula disse sempre – sempre mesmo – que é contra a hipótese. Ao mesmo tempo, pesquisas apontam que ele seria imbatível em 2010.
A prova de fogo sobre virá no ano que vem. Todo mundo sabe que o presidente pode influir no Congresso. Resta saber se partirá dele a ordem para acabar com essa discussão.
Lavar as mãos, nesse caso, é muito mais do que deixar os parlamentares trabalharem em paz.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF