Quando Marta Suplicy deixou ontem o Ministério da Cultura chutando a porta, com uma carta vazada para a imprensa, obviamente queria dar um recado. E não era apenas uma crítica à equipe econômica de Dilma Rousseff. Era uma direta para a própria Dilma.
É comum escutar nos corredores de Brasília histórias sobre funcionários de alto escalão, incluindo ministros, que não têm mais fígado para suportar o estilo da presidente. Os “espancamentos de projetos”, como a própria Dilma se orgulha de dizer, nem sempre passam por motivações razoáveis – muito menos por argumentações sensatas.
A rebeldia de Marta foi um desabafo dos descontentes com o jeitão “Dama de Ferro” de Dilma. A propósito, vale uma comparação entre Dilma e Margareth Thatcher.
O filme “A Dama de Ferro” liga a derrocada política de Thatcher à arrogância com que ela lidava com seus assessores. Em um dos “espancamentos” ao estilo Thatcher, um assessor humilhado resolve pedir demissão, o que tira a primeira-ministra do prumo.
É mais ou menos o que Marta parece ter tentado fazer. Resta saber se Dilma vai aproveitar a deixa para refletir e entrar nos eixos.
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