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Nestes dias de cobertura do julgamento do mensalão tenho notado um mesmo tipo de interpretação sobre o caso. As pessoas normais (gente comum, de fora do mundinho jornalístico e político) passam as seguintes impressões:

1 – Não estão nem aí para o julgamento.
2 – Não lembram exatamente o que está sendo julgado.
3 – Ainda assim, acreditam que todos os acusados são safados e devem ir em cana.

Quando há uma mistura da eleição municipal de 2012 com o mensalão, aí é que tudo vai para o brejo. Assim como as privatizações viraram uma marca registrada do PSDB (embora o governo do PT tenha anunciado recentemente um monstruoso pacote de R$ 133 bilhões em “concessões”), o mensalão parece ter se tornado uma grife exclusivamente petista (ainda que toda a logística do processo tenha nascido do mensalão tucano em Minas Gerais).

Uma das maiores vítimas desses ruídos de comunicação parece ser Gustavo Fruet. Pelo que se fala sobre a atuação do ex-deputado, parece que ele foi um dos investigados da CPI dos Correios e só não está entre os réus agora julgados pelo STF por um golpe de sorte.

Fruet, no entanto, estava do outro lado da trincheira. Foi subrelator de movimentação financeira da comissão, área que puxou o fio da meada do caminho do dinheiro que alimentou o Valerioduto.

Parece simples de explicar, mas é ainda mais simples de confundir. Poucos dispõem-se a entender que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Nessa divisão, é normal e saudável ver o ex-tucano Fruet ser cobrado pela atual aliança com o PT. Politicamente, é um direito do eleitor pedir explicações sobre essa mudança abrupta.

Já misturar a questão política com os aspectos criminais do mensalão parece apenas um puro golpe, para não dizer maldoso, de desinformação.

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