Quem acredita que a ideologia acabou na política brasileira, está muito enganado. Nada mais apropriado no país do jeitinho que a ideologia do jeitinho. Jeitinho de se dar bem, obviamente.
Ontem o PTB escancarou uma das formas mais comuns de se fazer alianças no Brasil (veja mais aqui, em matéria da Katna Baran). Não importa quem é o nome a ser apoiado, o que importa é que ele tenha as maiores chances de vencer. Daí nasce a estratégia “Dilmicha” – em 2014, a legenda vai de Dilma Rousseff (PT) para o Palácio do Planalto e de Beto Richa (PSDB) para o Iguaçu.
Antes de sair crucificando o partido de Roberto Jefferson, é melhor buscar uma visão mais abrangente. O “Dilmicha” também será o caminho para mais uma porção de partidos de médio porte, como PP e PSD. E a maioria do PMDB do Paraná morre de vontade de seguir a mesma trilha.
Essa não é uma questão meramente paranaense. Em 2010, os mineiros conheceram a “Dilmastasia”, união de partidos que pregava o voto em Dilma para presidente e para o tucano Antônio Anastasia para governador. Segundo as más línguas, até o agora presidenciável Aécio Neves militou pela “chapa”.
Tem solução para que os partidos deixem de colocar cada pé em uma canoa? Difícil dizer. Quando o STF derrubou a verticalização, na década passada, sepultou as chances desse cenário mudar.
Nesse caso, não adianta nem colocar a culpa no eleitor, que recebe o prato feito dos partidos.
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