Acompanho de dentro do STF o julgamento sobre a aplicação da lei Ficha Limpa. O clima é o mais tenso entre todas as sessões que decidiram sobre temas polêmicos nos últimos anos – como a legalidade dos estudos com células-tronco embrionárias e a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol.
Do lado de fora, cerca de 100 manifestantes a favor da candidatura de Joaquim Roriz (candidato a governador do DF que questiona a lei) soltam foguetes. Vestidos de azul, eles são separados por um cordão de isolamento do time de vermelho, composto por simpatizantes de partidos que querem Roriz bem longe das urnas (como PSTU, PSOL e PT).
O ambiente é de final de campeonato e as pessoas se comportam como torcida organizada (no mau sentido). No plenário, o suspense é total: há expectativa de empate nos votos dos ministros.
No momento, a sessão está suspensa. Há quem ache que a decisão final só sai amanhã. E a demora só esquenta o clima de rivalidade – a cada instante jornalistas correm de um lado para o outro por boatos de briga na Praça dos Três Poderes.
Seria uma guerra entre sujos e limpos?
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