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Doações eleitorais de empresas: Câmara consegue a façanha de piorar o que era ruim
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Rodolfo Stuckert / Agência Câmara

Há um certo toque de Midas ao contrário na atual composição da Câmara dos Deputados, que a credencia para se tornar a pior de todos os tempos. Analisadas de perto, quase todas as decisões recentes da Casa pioram o que já é ruim no cenário legal vigente.

A última maravilha produzida pelos deputados é o projeto de lei sobre doações eleitorais de empresas. Entenda onde está a magia das excelências:

– Atualmente são permitidas doações de empresas e de pessoas físicas para partidos e candidatos. O tema está em discussão no STF, com maioria definida desde o ano passado contra as doações de empresas, mas como o julgamento não foi encerrado, seguem válidas as regras atuais.

– Os deputados aprovaram ontem que as empresas podem doar apenas para os partidos – e não mais para os candidatos. O que isso acarreta? Que os caciques partidários vão receber as doações e distribuir para os candidatos que quiserem. Ou seja, além de não acabar com as doações empresariais, os deputados as tornaram menos transparentes.

– Está bom ou quer mais? Então vale lembrar uma declaração do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, pivô da Lava Jato, à CPI da Petrobras: “Por que uma empresa vai doar R$ 20 milhões para uma campanha, se lá na frente ela não vai querer isso de volta? Não existe almoço grátis”

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