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Dois lados de uma convenção
| Foto:
Antônio Cruz/ ABr
Michel Temer (de braços cruzados) durante a convenção de sábado: Requião não foi à reunião, mas mandou representantes.

O governador Roberto Requião esbravejou muito – e ainda esbraveja – contra a convenção nacional do PMDB realizada no último sábado em Brasília. Acusa a cúpula do partido, e Michel Temer, de “golpe” por causa da antecipação da reunião, marcada inicialmente para 10 de março.

Curioso é que o boicote promovido por Requião funcionou mais ou menos. Quatro aliados do governador participaram oficialmente da convenção – o delegado do diretório estadual Sérgio Ricci, os ex-secretários estaduais Renato Adur e Milton Buabsi e o ex-deputado federal e ex-suplente de Requião no Senado, Nivaldo Krüger.

Além deles, estava de “corpo presente” o presidente do diretório do PMDB em Curitiba, Doático Santos, que não assinou a presença.

É óbvio que Requião sabia e autorizou a presença de todos. Tanto que Buabsi e Krüger discursaram. O segundo aproveitou a cessão da palavra para defender fervorosamente a candidatura de Requião.

Se a convenção foi mesmo um golpe, pelo menos foi um golpe suave, já que todas as vertentes conseguiram falar. Até os intermediários que defendem a candidatura de Requião…

Pena que o próprio não esteve presente para falar o que pensa. Seria bem mais divertido. E com muito menos jogo de cena.

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