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Digamos que Roberto Requião (PMDB) e Beto Richa (PSDB) são bem claros: nomeiam os parentes, não se envergonham e ponto final. Nepotismo, no entanto, não é apenas por um familiar no governo. É também tirar proveito das benesses do poder.

Foi o que aconteceu com os dois filhos do ex-presidente Lula agraciados com passaportes diplomáticos a dois dias do final do mandato. O benefício até vale para dependentes do mandatário, desde que sejam menores de 21 anos (ou 24, se estudante).

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Não é o caso de Luís Cláudio Lula da Silva, 25 anos, e Marcos Cláudio Lula da Silva, 36 anos.

O pior é a justificativa da concessão. O ex-chanceler Celso Amorim decidiu por conta própria, porque a emissão do documento ocorreu em “caráter excepcional” e “em função de interesse do país”.

Em resumo, é algo legal, mas que depende da canetada de um ministro. Assim como colocar parentes no primeiro escalão do governo, que depende do juízo do governador.

Tudo bem que está dentro da lei, mas é um tremendo mau exemplo. Que vem de cima e ajuda a corroer toda a noção de boa democracia no país.

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