Em discurso no último dia 18, ele atacou três pontos fundamentais que tornam o Congresso um reles balcão de negócios: as emendas individuais dos parlamentares, a falta de regulamentação do lobby e o caciquismo das lideranças partidárias.
Não poderia ter acertado mais em cheio. As emendas são mesmo o ingrediente mais promíscuo e banal da relação entre Executivo e Legislativo. Qual é a serventia prática de um deputado atuar como despachante de recursos públicos? É como pedir de joelhos para haver corrupção.
A questão do lobby também é evidente. Lobistas fazem parte da fauna de Brasília desde sempre, mas todos fingem que eles não existem. De novo, é como implorar por mais corrupção.
Por último, há a “ditadura das lideranças”, como definiu Collor. Essa é simples de explicar. Entra na cabeça de alguém que figuras como José Sarney e Renan Calheiros continuem dando as cartas no Senado?
Mas aí o leitor que chegou a este último parágrafo deve estar pensado: como Collor pode dar lição de moral nos outros? Está bem, não pode. O que não quer dizer que ele – e todos os outros – não saibam direitinho qual é o caminho para melhorar a política brasileira.
Por isso mesmo é que eles fazem questão de ficar bem longe dessa trilha.
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