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E se a polícia também entrar em greve?

Em paralelo à crise no transporte público de Curitiba, policiais civis do Paraná já avisavam havia tempo que ontem seria um dia decisivo nas negociações salariais com o governo do estado. Seria o dia de receber uma contraproposta para valer nas negociações que se arrastam desde o ano passado.

Pois saíram da conversa com as mãos abanando. E o presidente do Sindicato de Classes Policiais, André Gutierrez, declarou na edição impressa de hoje da Gazeta do Povo que o resultado deve provocar um indicativo de greve da categoria.

O governo tem sua parcela de razão no diálogo com os policiais: a pedida inicial é muito salgada. Eles querem que o piso salarial salte de R$ 2,7 mil para R$ 5,7 mil.

Em outra linha, há uma reivindicação bem pertinente. “A principal luta dos policiais é lutar por uma polícia de Estado e não do delegado, do governante de plantão. A polícia do fulano é uma polícia de interesses privados. Para termos essa independência, precisamos de reconhecimento nos salários”, disse o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Paraná, Roberto Ramirez, em reportagem publicada no domingo.

O fato é que essa negociação será dura. Assim como a dos policiais militares, que estão “em vigília” por aumento.

Vai ser um teste (talvez o maior até agora) para o perfil de “diálogo” do governador Beto Richa (PSDB).

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