Não é de hoje que a base “aliada” aos petistas na Câmara dos Deputados engole o que o partido quer. Em 2005, para dar uma lição de moral na articulação política do governo Lula, a Câmara elegeu como presidente Severino Cavalcanti (PP-PE), o famoso rei do baixo clero.
Envolvido no escândalo conhecido como mensalinho (no qual foi acusado de cobrar propina de um operador de restaurantes na Câmara), Severino ocupou o cargo por seis meses e teve de renunciar ao mandato para evitar o processo de cassação.
Em entrevista hoje à Folha de S. Paulo, o atual decano da Câmara, Miro Teixeira (Pros-RJ), comparou a atual situação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à de Severino.
Segundo ele, caso comprovada a responsabilidade penal de Cunha no escândalo da Petrobras, “seria útil” que ele renunciasse ao mandato.
“A questão é a convicção política da impossibilidade de continuar. Assim como Severino Cavalcanti, que não tinha condição de continuar presidente da Casa”, disse Teixeira, que está no 11º mandato.
As declarações de Teixeira se juntam às de outro parlamentar dos mais experientes do Congresso, o deputado Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), que também acha que Cunha deveria ser afastado.
-
Quem ganhou e quem perdeu na votação da reforma tributária na Câmara
-
Aprovação da reforma tributária confirma força do “trator” de Lira e das frentes parlamentares
-
As regras da reforma tributária aprovadas pela Câmara; ouça o podcast
-
Quem são os nanoempreendedores, que serão isentos da cobrança de novo imposto
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF