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Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil
Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil| Foto:
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A democracia dos Estados Unidos está longe de ser perfeita, mas pelo menos uma coisa o Brasil deveria copiar o mais rápido possível – eleições em anos distintos para Executivo e Legislativo. Ontem, dois anos após a reeleição do democrata Barack Obama, os americanos foram às urnas para renovar 36 das 100 cadeiras do Senado e todas as 435 da Câmara dos Representantes (equivalentes aos nossos deputados).

Atualmente, os democratas têm a maioria do Senado e os republicanos comandam a Câmara. Embora a apuração não tenha acabado, é certo que ambas as Casas serão controladas a partir de 2015 pelos republicanos. O recado de descontentamento com a gestão Obama não poderia ser mais claro.

No Brasil, a eleição para Congresso não traz recado nenhum. Os partidos coligados com Dilma conseguiram 304 das 513 cadeiras na Câmara, mas isso não quer dizer nada porque o PMDB não opera como um partido, mas como uma facção, uma espécie de Estado Islâmico dentro do Congresso. Já a oposição, que fez quase metade dos votos na disputa presidencial com Aécio Neves (PSDB), vai ter menos de 25% das vagas no Congresso.

Um dos temas cruciais e que mais travam a reforma política no Brasil é justamente a eleição parlamentar. Tem gente (muita) que acha que se deveria migrar do sistema proporcional para o distrital, como nos Estados Unidos. Sinceramente, é uma questão indiferente, porque as pessoas continuariam não dando bola se a eleição fizer parte das mesmas campanhas para governador e presidente.

A única chance de dar certo é separar uma disputa da outra. Sem isso, o processo de tiririquização legislativa não vai parar. E qualquer presidente, seja do PT ou do PSDB, vai continuar nas mãos dos PMDBs da vida.

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