O período pós-manifestações acentuou o controle formal e informal que o PMDB faz do Congresso Nacional. Além de comandar a presidência da Câmara e do Senado, o partido tem liderado as principais rebeliões contra o governo Dilma. Assumiu de vez o papel de inimigo íntimo da presidente.
A política que vale para Brasília também vale para os estados. Ontem, o governador Beto Richa (PSDB) fez uma porção de visitas de “cortesia” à cúpula nacional peemedebista. Tem motivos nacionais, como o pedido de apoio à aprovação dos empréstimos internacionais do estado, e locais, como uma possível aliança com o partido em 2014.
O tucano teve diferentes conversas com o vice-presidente da República, Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o presidente nacional da legenda, senador Valdir Raupp, e o líder da legenda na Câmara, Eduardo Cunha.
Em resumo, rodou todo o primeiro escalão do partido. Em especial no diálogo com Temer, frisou que conta com dois secretários estaduais do partido. Para Renan, pediu celeridade na aprovação dos empréstimos – os quais, segundo ele, vão chegar ao Senado em dois meses.
A estratégia vai dar certo? Difícil dizer. Até que se prove o contrário, o PMDB continua sendo uma confederação de partidos. E o PMDB do Paraná continua tendo Roberto Requião como principal figura.
A propósito, Requião se dá muito bem com Renan Calheiros. E a principal adversária de Richa em 2014, a ministra Gleisi Hoffmann, também teve um encontro ontem com Temer. Foi pela manhã, antes da visita do governador.
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