Há um ano, o londrinense André Vargas era o primeiro vice-presidente da Câmara, contundente figura do PT em Brasília, pré-candidato ao Senado. Hoje, ele foi preso na operação Lava Jato.
A reviravolta na trajetória de Vargas começou quando a Folha de S. Paulo publicou reportagem com base nas investigações da Polícia Federal que mostram que Vargas usou um avião arranjado pelo doleiro Alberto Yousseff para viajar de férias com a família. Na sequência, mais matérias mostram a relação entre os dois, principalmente em contratos do laboratório Labogen, de Yousseff, com o governo federal.
Nos bastidores do Congresso, comenta-se que Vargas era, na pior das hipóteses, cotadíssimo para se reeleger deputado e concorrer à Presidência da Câmara, em fevereiro de 2015. E que seria franco favorito, inclusive pelo apoio maciço do baixo clero e de setores do PMDB.
Se as previsões se consumassem, ele tinha grandes chances de ter evitado a ascensão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aquele que tanto dá dor de cabeça para a presidente Dilma Rousseff. Como a política não é feita de “se”, hoje a situação é completamente diferente.
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