A votação do aumento do salário mínimo que ocorre amanhã no Senado será marcada por um racha entre os três senadores paranaenses.
Dentro do previsto, Gleisi Hoffmann (PT) vai apoiar o valor de R$ 545 sugerido pelo governo federal e já aprovado na Câmara dos Deputados, enquanto Alvaro Dias (PSDB) insistirá na proposta tucana de R$ 600.
Já Roberto Requião (PMDB) promete contrariar os interesses do Planalto e votar nos R$ 560 propostos pelo DEM e pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
Abaixo seguem alguns trechos das justificativas de cada um:
Alvaro Dias
“A tática utilizada (pelo governo Dilma) é a de pressão sobre parlamentares, da ameaça de corte de verbas e emendas parlamentares e de influência também na nomeação dos indicados dos partidos da base aliada para o governo. Isso se chama relação de promiscuidade.”
“Nós não temos como gerar nenhuma falsa expectativa de que o resultado será de valorização ou de fortalecimento da oposição. Acho que esta é uma etapa que, eu repito, vai dar visibilidade ao tamanho da oposição, mas não nos autoriza a acreditar que será possível derrotar o governo em um primeiro momento.”
Roberto Requião
“O pessoal diz que a Câmara foi violentada. Não foi. Ela não se deu o respeito, não criticou, não raciocinou e votou na esperança da manutenção das emendas parlamentares e da nomeação de cargos no governo.”
“Eu não faço oposição à Dilma e não aceito retaliação. Aliás, a única possibilidade que teriam de me retaliar seria tirar a Dilma do governo, que foi a minha única indicação para o governo federal. Não indiquei mais ninguém. E nem vou indicar.”
Gleisi Hoffmann
“Assim como na Câmara, a base do governo está consistente e está compreendendo muito a necessidade desta votação. Principalmente porque não se trata apenas do valor do salário mínimo, mas de definir uma regra e dar segurança e previsibilidade para o trabalhador.”
“Não é uma questão de sair fortalecido ou desgastado. É uma questão de sair com uma responsabilidade de quem é governo. O governo tem a responsabilidade de manter os pressupostos da macroeconomia, de manter a inflação controlada e de garantir o crescimento sustentável com distribuição de renda.”
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Confira a íntegra com os áudios das três entrevistas aqui.
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