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Há um consenso alastrado pela política brasileira de que o país só começou a repartir o bolo entre os mais pobres a partir das políticas sociais do PT. Pois ontem a Organização das Nações Unidas começou a jogar mais luz sobre essa história com a divulgação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). O indicador traz um retrato da evolução das cidades do país com base em três referências temporais.

Entre 1991, 2000 e 2010 o IDH-M do Brasil passou, respectivamente, de muito baixo (0,493) para médio (0,612) e alto (0,727). Os números comprovam que as melhorias não aconteceram apenas recentemente, a partir da implantação de programas de distribuição de renda como o Bolsa Família. O índice seguiu uma tendência de alta similar nas duas décadas passadas, primeiro de 0,119 (24,1%) e depois de 0,115 (18,8%).

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Ainda assim, o crescimento nominal foi 0,004 maior nos anos 1990, quando o país foi governado por seis anos pelo tucano Fernando Henrique Cardoso. Está certo que era fácil apresentar melhorias com base em um cenário pífio de desenvolvimento, mas a evolução aconteceu. Na verdade, os números só comprovam o continuísmo entre as gestões de PSDB e PT.

Outra informação relevante para o Paraná: nos anos 1990 divididos entre o “esquerdista” Roberto Requião (PMDB) e o “neoliberal” Jaime Lerner (PFL), ocorreu o maior avanço social dos municípios paranaenses. Entre, 1991 e 2000, houve um acréscimo de 0,143 (22,2%) no IDH-M do estado, que passou de 0,507 para 0,650. De 2000 a 2010, período dominado por mais oito anos de gestão Requião, o crescimento nominal perdeu força e ficou em 0,099 (14,06%) – de 0,650 para 0,749.

Curioso, não?

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