Ao falar sobre um dos pontos mais polêmicos de sua indicação para o STF – a ligação com o PT – o paranaense Luiz Edson Fachin disse que não “teria dificuldades em julgar nenhum partido”. Fachin, no entanto, definiu-se como “progressista”. Ideologicamente, o termo é utilizado para definir um setor da esquerda muito próximo, por exemplo, ao dos presidentes Lula e Dilma Rousseff.
“É evidente que eu tenho uma percepção da vida. Considero-me alinhado com as pessoas que querem o progresso do País. Sou, portanto, progressista nesse sentido, mas preservando o Estado, preservando a autodeterminação dos interesses privados, um espaço importante da liberdade, da espacialidade, da liberdade individual, porque nós não podemos, em hipótese alguma, aniquilar essa liberdade. E, claro, nessa medida, tenho manifestado opiniões, mas jamais inscrito ou partícipe de alguma atividade político-partidária. E o que tenho é isso que estou a dizer. E, mesmo que tivesse eventualmente uma inscrição político-partidária, eu acho que a tradição do Supremo Tribunal Federal é uma tradição de fazer valer o artigo da Constituição que diz e prevê que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são harmônicos”, disse.
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