Que há uma conflagração anti-Dilma no Congresso Nacional, todo mundo sabe. A dúvida, por enquanto, é descobrir até onde deputados federais e senadores estão dispostos a ir para derrubar a presidente. Hoje sai uma resposta.
Às 19 horas, uma sessão conjunta da Câmara e do Senado aprecia 32 vetos presidenciais. Dois deles são os mais importantes – os que tratam dos aumentos para servidores do Judiciário e dos aposentados. Juntos, eles teriam um impacto de R$ 15,7 bilhões.
Na ponta do lápis, é meia CPMF (a estimativa de arrecadação com o imposto é de R$ 32 bilhões). Trocando em miúdos, se o Congresso topar derrubar esses dois vetos de Dilma, sinaliza que está disposto a sufocar as contas do governo para fazer a presidente pedir para sair (ou “ser saída”, via impeachment).
A jogada, no entanto, é arriscada. Ao aprovar o aumento das despesas, os parlamentares chamam a crise para si e vitimizam Dilma. Ela poderia cair, mas levaria todo mundo junto para o turbilhão da crise.
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