A decisão da presidente Dilma Rousseff de indicar o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Luiz Fux, para o Supremo Tribunal Federal (STF) é mais um banho de água fria na política paranaense. Há vários anos o estado tenta emplacar o professor da UFPR Luiz Edson Fachin para uma vaga no STF e não consegue.
Fachin tem currículo de sobra, mas respaldo político de menos. Em entrevista à Gazeta do Povo, no ano passado, disse que essa seria sua última tentativa. Revelou também que foi “entrevistado” pelo então ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, sobre a possibilidade de ser indicado.
Na época, Fachin defendeu mais transparência no processo de escolha. Veja algumas citações dele:
“Ninguém pode ser ministro do STF em silêncio. Esse não é um tema que deva ser tratado no fundo dos espaços públicos. É um assunto que precisa estar na imprensa, na sociedade e, evidentemente, no debate de todos os poderes.”
“Nós, os paranaenses, sejam nascidos ou criados no estado, como é o meu caso, olhamos para a composição do Supremo e vemos que mais de 30 nomes foram ofertados por Minas Gerais e mais de 20 por São Paulo. Parece-me justo e legítimo que o Paraná, se tem nomes que preencham requisitos técnicos, associem a esse nome um critério paranista. Mas certamente esse não será o critério prioritário a ser levado em conta pelo presidente, embora eu ache que deveria ter peso. Como se sabe, o Paraná a rigor só teve Ubaldino do Amaral como ministro do STF, que ainda teve assento por poucos anos. Eu diria que a eventual indicação de um paranaense supriria essa lacuna histórica.”
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