Virou hit na internet o vídeo em que Joaquim Barbosa cumprimenta o papa Francisco e supostamente passa reto pela presidente Dilma Rousseff. O vídeo mais visualizado com a cena no Youtube tem atualmente quase 3 milhões de acessos. Embaixo dele, mais de 10,5 mil comentários de internautas.
Uns reclamam de falta de educação com a presidente, outros dizem que ela merecia passar por isso na frente do papa. Há gente que tenta entrar no debate sobre racismo e alguns sobre religião.
Todos foram engambelados (ou deixaram-se engambelar). Na semana passada, a assessoria de Barbosa divulgou uma nota sobre o caso, explicando que ele já tinha cumprimentado Dilma momentos antes.
Ontem, a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, publicou uma declaração da presidente dizendo que logo que o ministro chegou ao STF foi convidado por ela para ficar em uma sala reservada. “Ficamos duas horas conversando e vendo TV”, falou a presidente.
O jornalismo fofoca das redes sociais provoca fenômenos iguais a esse o tempo inteiro. Notícias sem apuração saem de um jeito descontextualizado, milhões de pessoas espalham-nas e essa fica sendo a verdade. Ou você pensa que as 3 milhões de pessoas que viram o vídeo leram depois a nota do Joaquim Barbosa ou a declaração de Dilma?
É muito mais fácil vender uma história fantástica, um vídeo editado. Enquanto as pessoas continuarem vendo as políticas aos pedaços e como algo restrito a vilões e mocinhos, não há manifestação que mude qualquer coisa.
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