Ele falou de futebol, visitou favela e o Cristo Redentor. Até se esforçou para usar palavras em português e mostrar conhecimento sobre a história e a cultura do Brasil. Em uma visita de apenas dois dias, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conseguiu usar o charme pessoal para corresponder à empatia idealizada pelos brasileiros – e fez disso um componente mais relevante do que o anúncio de medidas práticas, como a formalização do apoio ao pleito por uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Obama mostrou de novo que é um excelente comunicador e sintonizou seu discurso perfeitamente para os brasileiros”, diz o professor Argemiro Procópio, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília. Para ele, o ponto alto da viagem foi o tom utilizado pelo norte-americano ao se referir ao país como um parceiro do “mesmo nível”. “Um sujeito negro, com o poder que ele tem de dizer isso na nossa casa, esvazia a turma do ‘Yankee, go home!’.”
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