Crédito: Bruno Covello/Gazeta do Povo| Foto:
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Colaboração do jornalista Diego Ribeiro, que faz um contraponto interessante ao texto do blog sobre o surgimento de uma nova oposição da crise financeira do estado:

As últimas três semanas com greve dos professores estaduais deixaram um legado importante à oposição do Paraná. Embora exista mesmo a dificuldade de novas lideranças políticas brotarem na Assembleia Legislativa em meio à crise, apareceu um contraponto muito importante para manutenção do contraditório. Finalmente, depois de anos e anos com supostamente medo de represálias, servidores públicos soltaram a voz, colocando em prática o direito de reivindicar. Essa sempre foi justificativa para evitarem entrevistas mais duras, embates diretos.

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O próprio Estatuto do Servidor do Paraná ressalta a importância do papel do servidor por zelar pela economia do estado, levando ao conhecimento de autoridades superiores qualquer irregularidade que tenha ciência. Aconteceu isso com policiais, bombeiros, mesmo com o risco da hierarquia e disciplinar tomar-lhes o direito de livre expressão. Além deles, na esteira dos professores, outros servidores, agentes penitenciários, o pessoal das universidades estaduais, funcionários do Detran, da saúde, Judiciário pedem diálogo, reclamam, colocam o dedo na ferida.

O medo de colocar a boca no trombone, um dever do servidor e de qualquer cidadão que identifica problemas no serviço público, parece ter acabado. Essa é a oposição que renasce, aparentemente, depois de muito tempo, com reclamações esporádicas com a cabeça escondida, sob o pedido de anonimato. Basta saber se vai ser o suficiente para mudar o quadro imediato e se vai perdurar.