Lula não foi lá muito hábil ao comentar ontem a agressão a José Serra (PSDB) durante passeata no Rio de Janeiro, na quarta-feira. Se até Dilma Rousseff (PT) recriminou o que aconteceu, pareceu destemperada a reação do presidente.
O caso tem uma sucessão de equívocos. O vídeo da reportagem do SBT, em que o tucano é atingido por uma bolinha de papel, não mostra ele recebendo um golpe do que parece ser um rolo de fita crepe. Entre uma coisa e outra, se passaram 15 minutos.
Independentemente do que realmente atingiu Serra é complicadíssimo afirmar pura e simplesmente que ele fez uma encenação. Só quem estava lá pode dizer. Lula se baseou em trechos das imagens para crucificar Serra.
Ao chamá-los de Rojas, goleiro chileno que é uma espécie de Judas do futebol sul-americano, posicionou-se como um rei que tudo pode. Na política, ele pode até “jogar” muito, mas não é Pelé.
Validar qualquer tipo de agressão não é papel de um presidente. Como disse em antes, não é correto bater em qualquer pessoa, com qualquer instrumento. Nem com algodão-doce.
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