A crise financeira é ardida, Santa Catarina ainda se reergue dos escombros e a popularidade do presidente Lula continua numa boa. Aliás, numa ótima.
O presidente não pára de bater recordes. Na semana passada, o Datafolha indicou a maior aprovação entre todos os presidentes eleitos desde 1989.
Ontem foi a vez de outros dois institutos de pesquisa mostrarem a mesma coisa – CNI/Ibope e CNT/Sensus.
Lula está nas alturas e, em Brasília, já dizem que é efeito da mexida no Imposto de Renda e da redução do IPI para carros.
É, na verdade, um turbilhão de emoções – no bolso e no coração dos brasileiros.
Vamos ao jargão preferido do presidente Lula. Time grande que cai para a segundona mete-se em uma crise lascada e usa sempre o mesmo remédio para subir.
A torcida se junta no fundo do poço, esquece as picuinhas e faz a equipe jogar no grito. Foi assim com o Coritiba, e, neste ano, com o Corinthians.
Lula é corintiano e retirante nordestino. Enfim, um sofredor.
Até agora a população parece ter comprado a estratégia dele para suportar a crise.
Lula usa discursos com doses cavalares dos manuais de auto-ajuda – como já falei em um post abaixo – e convence.
A fase ruim é tão boa para o presidente que tudo parece possível. Até Ronaldo perder a pança e voltar a marcar gols pelo Timão.