Era a crise mais previsível do governo Dilma: os peemedebistas já batem o pé porque querem mais cargos. O que (pelo menos ainda) é imprevisível é a resposta de Dilma. Como ela vai lidar com uma provável rebelião?
Os peemedebistas já anunciaram que podem brigar por um salário mínimo superior aos R$ 540 estipulados pela equipe econômica. É tudo o que a presidente não quer para prejudicar as contas que já devem ser conduzidas sob rédea curta em 2011. O jeito foi suspender todas as nomeações para o segundo escalão.
Lula também sofreu nas mãos dos peemedebistas. A diferença é que, agora, o partido integra o governo – deixou de ser apenas um aliado. Ou seja, até tem o seu direito de se dedicar ao esporte que prefere, ou seja, a caça ao cargo.
É como uma fatura amarga de cartão de crédito que chega depois das festas de fim de ano. O PMDB ajudou o PT a ganhar a eleição e agora quer a sua recompensa. Todo mundo sabia que isso iria acontecer, mas no fundo tinha esperança de que algo mudasse na política brasileira.
Enfim, não é todo dia que Michel Temer aparece com uma surpresa agradável, como foi a esposa Marcela no dia da posse.
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