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Médicos cubanos trazidos pelo governo federal não são cubanos (por enquanto)

Padilha

Duela a quien duela, como diria Collor, o governo Dilma Rousseff vai emplacando a principal bandeira do programa Mais Médicos.

Segundo o Datafolha do último fim de semana, o número de brasileiros que aprovam a contratação de profissionais estrangeiros subiu de 47% para 54%. E os dados finais da primeira fase do programa, divulgados anteontem, mostram que quase um terço dos 1.619 médicos recrutados até agora têm registro profissional do exterior.

As estatísticas dão força para que o governo teste sua cartada decisiva e intensifique as negociações de acordos coletivos com outros países, ONGs e instituições de ensino internacionais para trazer “pacotes” de médicos.

Pelo cenário, só assim será possível atingir a demanda que resta por mais 14 mil médicos feita pelas prefeituras. Como informou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, Cuba já ofereceu 6 mil profissionais ao país.

A propósito, há uma curiosidade no primeiro balanço do programa. Da atual lista de 522 recrutados com registro de fora do país, profissionais “cubanos” aparecem em terceiro lugar, com 74 nomes. Em primeiro estão os médicos com registro da Argentina (141) e em segundo lugar da Espanha (100).

Padilha explicou que, no entanto, nenhum dos cubanos tem nacionalidade cubana. São todos brasileiros ou médicos de outros países com registro de Cuba. Por enquanto, os chiados contra eles foram escassos.

Resta saber como será quando os cubanos legítimos começarem a aparecer. E, pelo jeito, eles não serão poucos.

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