Do taxista ao professor universitário, todos os que tentei puxar conversa sobre o mensalão nos últimos dias têm a mesma pergunta: isso aí vai dar em “alguma coisa”? A resposta nem sempre agrada, mas o simples fato de um caso com 38 réus, envolvendo ex-ministros e parlamentares, ir a julgamento já é “muita coisa”.
E isso não significa pensar pequeno. Até este momento, as instituições democráticas funcionaram adequadamente. Executivo e Legislativo pisaram na bola e, agora, é a vez do Judiciário equilibrar as coisas.
Se vai dar em alguma coisa (condenação, é claro), é outra história. Muitas das penas vão inevitavelmente prescrever. Outra coisa bizarra que possivelmente pode acontecer é que, no final, tudo seja entendido como apenas caixa dois de campanha – e não como compra de votos (ou seja, corrupção pura e simples).
Nesses dois casos, o problema não será da lentidão do Judiciário, mas na qualidade das leis brasileiras. Caixa dois deveria ser crime com pena de prisão. E o Código Penal, vigente desde 1940, precisa de uma revisão urgentemente.
Mas essa é outra história. A de hoje é de um julgamento gigantesco que começa em um clima de estabilidade institucional e, só por isso, já merece entrar para a história.
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