Ao contrário do post publicado mais cedo neste blog, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) não está entre os autores do projeto de lei do Senado (PLS 402/2015). A proposta foi defendida hoje pelo juiz Sérgio Moro, durante audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A proposta cria novos critérios para a decretação de prisão preventiva após a condenação do acusado em segunda instância.
O projeto nasceu de sugestão da Associação dos Juízes Federais do Brasil e foi assinada por quatro senadores, três deles paranaenses: Roberto Requião (PMDB-PR), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Alvaro Dias (PSDB-PR) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
O nome da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) também consta da versão original do projeto publicada no site do Senado, mas sem a assinatura da petista. Segundo a assessoria de Gleisi, ela foi procurada por Requião para ser coautora, manifestou interesse, mas pediu para estudar o projeto antes de assiná-lo. Posteriormente, Requião acabou protocolando a proposta com o nome da colega, porém sem a firma.
A informação de que Gleisi era uma das autoras da proposta também foi informada pela Agência Senado, órgão oficial de divulgação da Casa. Ferraço também deixou de figurar entre os autores principais para poder ser o relator do texto na CCJ.
Gleisi é uma das investigadas na Operação Lava Jato. Há duas semanas, Moro enviou ao STF novas informações sobre o suposto envolvimento dela relacionado a desvios no Ministério do Planejamento. Na ocasião, a petista criticou a decisão do juiz.
“É uma petição muito dura, que faz uma avaliação, um julgamento e uma condenação”, disse a senadora. Membro titular da CCJ, Gleisi viajou e não participou da sessão.
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