Estudo do Paraná Pesquisas divulgado hoje pela Gazeta do Povo mostra que 46% dos participantes da manifestação de domingo em Curitiba defenderiam uma “intervenção militar provisória” no país. 15% defenderiam a volta da ditadura militar. Os números rompem a ideia de que uma “pequena minoria” é favorável a um golpe armado no Brasil.
Protestar contra a presidente (ou contra o prefeito, o governador ou qualquer parlamentar) é legítimo. Defender “intervenção militar” de qualquer gênero ou temporalidade (não existe ditacurta nem ditabranda) é um CRIME. E ponto.
Aí começam as relativizações de que um crime anularia os crimes cometidos pelo PT na Presidência. O perfil “olho por olho, dente por dente”, no entanto, não deveria ser compatível com o da maioria dos manifestantes – 63% com ensino superior completo. Muita dessa gente parece ter perdido as aulas de História.
No golpe de 1964, o primeiro presidente-general, Castelo Branco, se dizia um democrata. Ele se dispunha inicialmente a “arrumar a casa” em poucos meses e logo restabelecer a eleição direta para presidente. Queria o “moderado” Orlando Geisel como sucessor, mas teve que engolir o linha-dura Costa e Silva, em nome da “união” das Forças Armadas.
Costa e Silva editou o AI-5, em 1968, e detonou os direitos individuais dos brasileiros. A propósito, o AI-5 nominava pomposamente a ditadura como “intervenção militar”. Ernesto Geisel, irmão do “moderado” Orlando, assumiu sete anos depois, fechou o Congresso, aumentou o mandato presidencial de cinco para seis anos e retardou a transição para a democracia – que durou 21 ANOS para acontecer.
Se a história não ensina nada, talvez caiba a essa fatia dos manifestantes uma reflexão sobre os efeitos da defesa de uma intervenção militar. A ideia só vai gerar comoção entre os que não são favoráveis a esse crime. E desqualifica a legitimidade daqueles que protestam contra o governo.
Trocando em miúdos, é um tiro no pé.
STF decide sobre atuação da polícia de São Paulo e interfere na gestão de Tarcísio
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF