Pelo menos um lugar do Brasil já reunia gente dos 32 países que disputam a Copa antes de a competição começar. A dois quilômetros da Praça dos Três Poderes, o setor de embaixadas de Brasília abriga um pedaço de quase todos os cantos do planeta. Por lá, o Mundial caiu como uma luva.
Cada representação diplomática tem vivido a Copa à sua maneira – e de acordo com a história do país que representa. Hoje, a embaixada alemã celebra os 40 anos da partida de futebol mais emblemática dos tempos da Guerra Fria, o confronto entre a República Democrática da Alemanha e a República Federal da Alemanha, no Mundial de 1974.
A Alemanha Oriental será representada por jogadores “importados” da Saxônia, um dos estados do país que existiu entre 1949 e 1990. O time ocidental será formado por funcionários da embaixada. Há quatro décadas, a vitória por 1 a 0 ficou com os comunistas, mas o título com a equipe ocidental.
Na semana passada, a Aliança Francesa, com apoio da embaixada da França, levou o ex-jogador Liliam Thuram a Brasília. Autor dos dois gols da semifinal da Copa de 1998, contra a Croácia, ele é ativista contra o racismo e falou sobre seu livro – “As minhas estrelas negras – de Lucy a Barack Obama”.
Peladas e literatura à parte, o glamour da diplomacia em tempos de Copa (e em qualquer outra época) são as festas. Empolgado com a participação da Suíça no Mundial, o embaixador do país, André Regli, abriu as portas da representação diplomática para todos os suíços do Distrito Federal e Goiás que não conseguiram ingresso para ir ao Mané Garrincha acompanharem a estreia da seleção contra o Equador.
Deu sorte: os europeus venceram os sul-americanos por 2 a 1, com uma virada espetacular no último minuto. O resultado ampliou a febre de Copa que toma conta do país – 17.772 suíços compraram ingressos para a competição. Proporcionalmente à própria população, o número é bem superior ao dos norte-americanos e alemães, estrangeiros recordistas em bilhetes comprados.
A maioria dos diplomatas, contudo, é reservada sobre os eventos que vão realizar. Amanhã, quando jogam contra o Brasil, os mexicanos vão abrir as portas (pelo menos para quem solicitou convite antecipado), com direito a comidas típicas. O serviço consular também vai acompanhar as cidades onde a seleção joga na primeira fase – Natal, Fortaleza e Recife.
O embaixador alemão, Wilfried Grolig, quer reunir gente na sua residência para acompanhar todos os jogos da seleção do país – o convite está publicado na página da embaixada no Facebook. Os eventos, no entanto, são chamados de “private exclusive viewing” (algo que pode ser traduzido como transmissão privada e exclusiva dos jogos). Mais de mil pessoas pediram para participar desde ontem, no jogo contra Portugal, mas não coube todo mundo.
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