Joaquim Barbosa vai oficializar hoje que vai se aposentar em junho do Supremo Tribunal Federal (STF). Tem gente comemorando, gente lamentando. Na primeira leva, pode incluir mais de 90% dos políticos, na segunda, gente que via o ministro como um Batman em meio à bandidagem institucionalizada em Brasília.
Barbosa não é nem isso, nem aquilo. Se não tivesse levado a ferro e fogo o julgamento do mensalão, acredite, o processo não teria chegado a um fim. Se foi correta a forma como ele conduziu a ação, é outra história.
Irascível, Barbosa teve todo tipo de conflito no plenário do STF. Disse que não era um dos capangas de Gilmar Mendes, tripudiou sobre as ações de Ricardo Lewandowski para proteger petistas no julgamento do mensalão.
Antes de mais nada, vale ressaltar que o ministro não pode se candidatar em outubro. Disse que seu primeiro compromisso como aposentado será assistir à Copa. Mas nada impede que entre na carreira política no futuro.
A informação, aliás, é velha. Em outubro do ano passado, disse que estava aberto à possibilidade, durante entrevista na Conferência Global de Jornalismo Investigativo. Eu e os colegas Diego Ribeiro, Felippe Aníbal e Gustavo Ribeiro estávamos lá e vimos tudo.
Se vai ser candidato mesmo algum dia, só o tempo dirá. Por enquanto, o fato é que Barbosa vai fazer falta. Brasília precisa de mais gente que é oito e oitenta ao mesmo tempo, não de gente que finge ser o que não é.
Por isso foi tão curioso que a notícia da aposentadoria tenha sido dada por ninguém menos que… Renan Calheiros.
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