Havia uma euforia nas manifestações de junho do ano passado em torno da percepção de que as pessoas tinham percebido que podiam sim ocupar um espaço no debate político. A popularidade da maioria dos governadores e da presidente chegou ao fundo do poço. A definição mais piegas de tudo isso era: “o Gigante acordou”.
Passaram-se 13 meses e a população está tendo a grande oportunidade de se manifestar nas eleições. E o que aconteceu? A presidente tem chance de se eleger no primeiro turno. Além disso, dos 27 nomes que lideram as pesquisas para governador, apenas um é novato em disputas eleitorais. Em 17 unidades da federação, o favorito disputa a reeleição (10 casos) ou é ex-governador (7). Nas nove restantes, o primeiro colocado é ex-congressista ou ex-prefeito.
Em resumo, tudo vai ficar como está. Das duas, um: ou os políticos atenderam enormemente os anseios da sociedades no último ano, ou as pessoas simplesmente não estão nem aí para nada. Não se sabe ao certo se o Gigante realmente acordou em 2013. O fato é que ele está em sono profundo em 2014.
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