Em meados do ano passado, um deputado federal do Paraná que já havia exercido mandato na Assembleia Legislativa me abordou na chapelaria do Congresso Nacional.
Veio elogiar a série de reportagens sobre os diários secretos da Assembleia,
produzida pelos jornalistas Kátia Brembatti, Karlos Kohlbach, James Alberti e Gabriel Tabatcheik e que posteriormente ganhou o Prêmio Esso de jornalismo.
Disse que o material retratava com fidelidade o que acontecia no Legislativo paranaense. Mas que havia um lado muito mais sombrio dentro da Casa, que envolvia uma espécie de “banda podre” entre os funcionários.
Relatou casos de ameaças de morte, agressões e outras intimidações. Falou que “graças a Deus” já não era mais deputado estadual.
Pedi que ele contasse melhor a história para ajudar na sequência das matérias sobre os diários secretos. Respondeu que não e que tinha medo de aparecer.
Lembrei disso quando vi hoje a Assembleia ocupada pela Polícia Militar. Foi só um relato, mas as coisas batem.
Resta ver se a “limpeza” do novo presidente, Valdir Rossoni (PSDB), dará resultado. Se for apenas um jogo de cena midiático, o tempo vai revelar.
Mas se as histórias forem reais, parece que chegou mesmo a hora da verdade.
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