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Matéria publicada hoje na edição impressa da Gazeta do Povo:

O senador Flávio Arns irá se filiar até amanhã ao PSDB. A decisão é mais uma reviravolta na carreira do paranaense, que deixou o PT há 45 dias. Em 2001, ele havia feito o caminho inverso ao trocar os tucanos pelos petistas um ano antes das eleições.

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Nas duas situações as escolhas foram motivadas por questões idênticas. A saída do PSDB ocorreu porque Arns (então deputado federal) negou-se a retirar a assinatura da CPI da Corrupção, que investigaria desvios da gestão Fernando Henrique Cardoso. Já as desavenças com o PT ocorreram porque ele desaprovou a conduta ética do partido ao proteger o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

O senador negou que a opção seja contraditória. “O PSDB é hoje um partido mais maduro. O período entre estar no poder e na oposição provocou muito debate e reflexão”, declarou. Arns também foi procurado por outras dez legendas, mas disse que o fator decisivo foi a afinidade com as principais lideranças tucanas.

“Tive muita proximidade com o José Serra e o Aécio Neves (governadores de São Paulo e Minas Gerais) quando fui deputado federal pelo PSDB (1991 a 2002). São pessoas que transmitem confiança, estou pensando no que é melhor para o país.” Outro ponto a favor dos tucanos seria a garantia de que ele poderá continuar praticando uma política “apartidária”, voltada aos movimentos sociais ligados à educação e aos portadores de deficiência.