Sandro Mabel (esq.) lançou a ideia de construir o novo anexo, com custo estimado de R$ 130 milhões. Ele ainda prometeu fixar o salário dos deputados federais, por tempo indefinido, no valor máximo permitido para o poder público brasileiro
A eleição é para presidente da Câmara dos Deputados, lugar de produzir leis, mas os dois candidatos ao cargo incluíram uma obra para valer na pauta central de campanha – a construção de novos gabinetes parlamentares. Pronto desde 2007, o projeto avaliado em R$ 220 milhões leva a assinatura do arquiteto Oscar Niemeyer e é composto por dois novos edifícios.
A polêmica foi retomada por Sandro Mabel (PR-GO). Candidato “contra tudo e todos”, como ele mesmo define, o goiano começou ontem a pedir votos e apresentou um programa com 13 propostas, na maioria, em defesa de interesses corporativos dos deputados.
Além dos gabinetes, ele sugere a definição de critérios permanentes para vincular os salários dos congressistas aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. A candidatura de Mabel contraria o próprio partido, que já havia anunciado apoio formal a Marco Maia (PT-RS), e ameaça puni-lo até com a expulsão.
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