Jozélia Nogueira costuma contar que, quando convidada por Roberto Requião (PMDB) e Beto Richa (PSDB) para o primeiro escalão estadual, deu respostas similares. “Falei a mesma coisa para eles: sou técnica, não sou política, não sei fazer política e também não gosto de política.”
Jozélia deixou ontem a Secretaria Estadual da Fazenda (segundo Richa, por questões pessoais), após cinco meses no cargo. Antes, havia durado 10 meses como procuradora-geral do estado, entre abril de 2007 e janeiro de 2008, no último mandato de Requião.
Na gestão Requião, Jozélia decidiu se demitir da maneira mais pública possível: publicou uma carta na internet e anunciou a decisão ao vivo, no telejornal ParanáTV. Foi uma resposta na mesma moeda ao peemedebista, que horas antes havia a criticado publicamente, na frente de jornalistas.
Na época, Jozélia orientou a direção da TV Educativa a cumprir uma decisão da Justiça Federal que impedia a transmissão da Escolinha de Governo, comandada por Requião às terças-feiras. O governador não aprovou a orientação.
Com Richa, Jozélia teve a missão indigesta de colocar as contas do estado no lugar. No ano passado, causou espanto pela sinceridade ao admitir as dívidas de R$ 1,1 bilhão do estado com fornecedores. “Estou apertando o cinto e obrigando as secretarias a adequar as suas contas. É como na vida pessoal de todos nós: eu tenho contas que eu já compromissei, tenho que pagar e outras que eu sei que terei que pagar no futuro”, disse ela, em entrevista em outubro passado.
A mistura de sinceridade com austeridade, porém, parece não ter feito muitos fãs dentro do governo. Jozélia sai de cena de novo talvez por ter sido muito dura com a realidade. Na política, quem encara os fatos como eles são raramente têm vez.
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