Já estava lá pelo final da minha especialização em Comunicação Política, em Madri, e achava que já sabia a teoria por trás de todos os truques dos candidatos bem assessorados. Até que um professor bastante jovem, cujo nome não me lembro, mandou-nos jogar no lixo tudo aquilo que havíamos aprendido. Segundo ele, as pessoas não estão atrás de sinais ideológicos nas eleições, elas simplesmente querem entretenimento – aliás, como em quase tudo na vida.
A los electores les gustan los muñequitos!, dizia o tal maestro. A tese é que, apesar de todo conteúdo inserido nos gestos e falas do candidato, os eleitores querem saber mesmo dos “bonequinhos”. Na verdade, seria uma estranha empatia entre o candidato bacanão e nós, Homer Simpsons, que definiria o voto.
É só uma tese, que faz sentido e é aplicada com gosto pelos marqueteiros políticos. Primeiro eles querem aproximar o candidato do cidadão comum, como na foto acima em que Beto Richa joga truco no interior. Não vale a experiência local de Beto ou se ele ganhou a rodada, vale a foto e a percepção que quem vê tem dela.
Ou seja, Beto aparece como o cara simprão capaz de se divertir como qualquer outra pessoa – mesmo que na realidade ele goste mesmo do luxuoso mundo do automobilismo. Dilma também já fritou ovo no programa da Luciana Gimenez e virou amiga de infância de Ana Maria Braga.
Não que essas atitudes sejam perversas ou que tornem ambos os candidatos ruins. Elas apenas fazem parte do show – os rivais de Dilma e Beto vão fazer o mesmo, pode escrever. Afinal de contas, aqui ou na Espanha, o que vale mesmo são os bonequinhos.
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